7ete Camadas e Meia
segunda-feira, outubro 01, 2007
  Polémica?

Sobre os lances:

1º Romagnoli cai na área num lance com o Katsouranis . Pareceu-me no estádio que era penalti . No entanto, qual não é o meu espanto quando vejo que o Romagnoli não esboça o mínimo protesto, bem como o Abel que segue com a bola, centrando-a. Perante isto...

2º Bola que vai à mão do Katsouranis. Mais um lance sem protestos dos jogadores. Aqui foi o fiscal de linha que rapidamente levantou a bandeira! O fiscal de linha dá a indicação ao seu chefe de equipa, que a aceita ou não. Não aceitou...

3º Adu derrubado por João Moutinho. Mais uma vez no estádio não tive dúvidas que era falta. Incrível como o Pedro Henriques está tão perto do lance e manda seguir. Aqui sim houve protestos do Adu , e com razão.
 
Comments:
Sim senhor, o post está correctíssimo, só faltou lá escrever que o Benfica foi escandalosamente prejudicado. Aliás, já na Amadora para a Taça da Liga tinham sido prejudicadíssimos. Tanta falta de vergonha que estes burmelhos têm.
 
Tu vens tão cego para malhar nos vermelhos que pareces um touro na arena. Também só vês vermelho pela frente. Fui o mais imparcial possível. Admiti o penalti a favor do Sporting no caso do Romagnoli, não acho que o Katso tenha cometido penalti (a haver falta era fora da área, basta olhar para as imagens)e ficou também um penalti por marcar a favor do Benfica. Onde me viste dizer que o SLB foi prejudicado ou beneficiado? Não me chamo Azias Ferreira nem sou lagarto para me andar sempre a queixar de arbitragens, mas erros há em todos os jogos, a começar nos do fcporko. Basta olhar como começou o primeiro golo do Lisandro...
PS - O sr. Risca ao Meio devia começar por dizer que é uma vergonha aquando da supertaça e no jogo com o Setúbal, e mais não digo...
 
Cornudo lampião: Cornudo volumoso (na barriga, não no cérebro) e de hábitos salazarentos. A sua presença é incómoda por cheirar muito a bafio. Come e bebe à conta dos outros mas mesmo assim come e bebe mal e porcamente. É bicharoco com fobia à solidão por cobardia e por isso anda sempre em bandos e bebe e bate na mulher depois das derrotas do slb para se sentir vitorioso.

P.S. Na Tertúlia Benfiquista postaram o Cornudo lagartão. Em resposta escrevi o Cornudo lampião mas como nesse blog há censura por desforra coloquei-o em todos os outros blogs benfiquistas que conheço.
 
Deixo-vos aqui burmelhos, para que aprendam alguma coisa, o excelente artigo de Miguel Sousa Tavares - A Cigarra, a Formiga e o Kalimero. Boa leitura.

Como se sabe, há três clubes chamados grandes no futebol português: a Cigarra, a Formiga e o Kalimero.

A Cigarra é o Benfica: faz-se tratar por «A Instituição» e auto-intitula-se de «maior clube do mundo» — com direito a diploma e tudo; diz que vai a caminho dos trezentos mil sócios e que terá uns trinta milhões de adeptos da «marca Benfica» espalhados pelo mundo inteiro; a sua grandeza é tão desmesurada, tão avalassadora, que nem é preciso ter, como este ano, uma equipa de futebol «que qualquer treinador do mundo gostaria de treinar», para que os títulos lhe caiam, naturalmente e por vassalagem alheia, aos pés. Porque acha que de há muito adquiriu por usucapião o direito natural aos títulos, «A Instituição» não acredita que estes exijam trabalho, talento e paciência. Resultado: não é campeão nacional em modalidade alguma, excepto em futebol de salão (que teve de começar a praticar exactamente para poder ser campeão em alguma coisa, tirando partido do facto de A Formiga não praticar a modalidade).

A Formiga é o FC Porto: passou décadas a prestar vassalagem aos Grandes de Lisboa, aceitando pacificamente o papel de animador inútil dos campeonatos. Até ao dia em que soltou o Grito de Ipiranga e nunca mais parou: ultrapassou confortavelmente o número de títulos nacionais do Kalimero e aproxima-se vertiginosamente dos da Cigarra e, em matéria de títulos internacionais, arrasou: face aos dois longínquos títulos de campeão europeu (numa época em que só três ou quatro boas equipas disputavam a Taça dos Campeões e em que, com estrelinha no sorteio, podia-se ir por ali fora), e face ao mítico título de uma obscura e já defunta Taça das Taças conquistada pelo Kalimero na noite dos tempos, a Formiga tem para apresentar, nos últimos 20 anos, uma Taça UEFA, uma Supertaça Europeia, dois títulos de campeão europeu e outros dois de campeão mundial. Este ano defende os títulos de campeão nacional de futebol, hóquei, andebol e já nem sei que mais. Épocas houve, nestes últimos anos, em que juntou simultâneamente todos os títulos de campeão das modalidades profissionais ou os títulos de campeão nacional de futebol em todos os escalões, dos infantis aos seniores. Tal qual como na fábula, tanto a Cigarra como o Kalimero gritam que os sucessos da Formiga são falsos e resultado apenas de batota — (nacional e internacional, presume-se). Repetem isto há vinte anos na esperança de que, como dizia Goebbells, repetir uma mentira até à exaustão a transforme numa verdade… por exaustão. A Formiga ri-se e segue em frente. Ela sabe que, para ganhar mais vezes do que os outros é preciso muito trabalho, muito talento, muita organização, muita humildade e uma cultura de vitória que não se consegue com simples proclamações de superioridade natural.

O Kalimero é Sporting e é o caso mais problemático. Os tempos mudam e os tempos mudaram em desfavor do Kalimero: no futebol nacional, tal como na vida política ou demográfica do país, os tempos evoluiram para a bipolarização e o Kalimero é o parceiro sobejante. Em vão, vive a proclamar que foram eles que trouxeram o futebol para Portugal, que são eles os gentlemen e guardiões do templo com a profusão de condes e barões que deram ao nosso futebol. A verdade é esta: o Kalimero tem hoje menos títulos, no futebol e no resto, menos adeptos, menos assistências e incomparavelmente menos projecção e conhecimento internacional do que a Formiga. Pior do que isso, eles — que se reivindicam de donos do fair-play e do bom gosto — sofrem de cada vez que comparam o seu novo estádio, com nome de Visconde, a essa coisa linear e deslumbrante que é o Estádio do Dragão, e desesperadamente sentem que, em cada nova geração de adeptos que chega ao futebol, são muito mais os dragões do que os leões.

O Kalimero não tem culpa disto e, ao contrário da Cigarra, tem feito tudo o que pode e deve para contrariar o inevitável. O Sporting — repito o que já aqui disse — é hoje o clube melhor administrado e o que mais faz para evitar a bancarrota em cuja iminência vivem todos os clubes portugueses (e mesmo que isso passe por sacar à Câmara Municipal de Lisboa negócios e benesses que deveriam fazer corar de vergonha os inspectores do IGAT que conseguiram descobrir graves irregularidades na construção do Estádio do Dragão, porque teria havido uns terrenos do clube permutados com a CMP e sobrevaliados, e assistiram depois, em respeitoso silêncio, a todos os negócios de favor celebrados pela CML com Benfica e Sporting para a construção dos seus novos estádios).

Dos três, o Kalimero é o que tem menos dinheiro e menos orçamento para o futebol, o que, em contrapartida, mais talentos cria e exporta, e o que mais faz das tripas coração para se manter na discussão ao nível do topo. Merece por isso um rol de elogios e só não merece todos porque lhe falta uma característica fundamental que distingue os verdadeiros desportistas e o verdadeiro fair-play das falsas nobrezas apregoadas: saber perder. O Sporting não sabe perder e, por isso, adoptou a atitude do Kalimero, sempre a queixar-se dos «meninos maus» que lhe roubam a bola no recreio. É já uma cultura entranhada entre os sportinguistas, tão entranhada como o é a cultura de vitória entre os portistas ou a cultura de superioridade entre os benfiquistas.

Como se tal não bastasse, o Kalimero usa, sem pudor algum, uma bitola com dois pesos e duas medidas, convencido de que ninguém nota a hipocresia. Quando acha que tem razões para se queixar do árbitro — o que sucede sempre que não ganha — arma um escabeche de todo o tamanho, com declarações inflamadas, comunicados patéticos ou rídiculas «procissões de luto»; quando são benficiados — o que acontece muito mais vezes e quase sempre quando jogam em Alvalade — calam-se muito caladinhos e assobiam para o ar. Dizem que só não foram campeões no ano passado porque sofreram um golo marcado com a mão, mas fingem não ter visto o golo que entrou dentro da sua baliza e não valeu ou os erros que lhes permitiram sair do Dragão com uma vitória. Este ano, passaram uma semana revoltados porque o árbitro não lhes marcou um penalty na Amadora, que não teria qualquer influência no resultado, mas calaram-se quando, em Alvalade e contra o Setúbal, o árbitro esqueceu um penalty a favor do Vitória, que teria modificado o resultado.

O «escândalo» desta semana é porque, dizem eles, lhe roubaram dois penalties na Luz ( o mesmo árbitro que os fez ganhar no Porto, em Abril passado…). Ora, penso que, se há alguém insuspeito a analisar um Sporting-Benfica, é um portista. E o que eu vi é que, dos três lances contestados no jogo, o único que oferece dúvidas acabou a beneficiar o Sporting: um penalty que João Moutinho terá cometido mesmo a terminar o jogo. O primeiro penalty reclamado pelo Sporting faz parte daquela categoria de penalties de que os sportinguistas reclamam aos dois ou três por jogo, já por hábito instalado. E o segundo, é preciso ter muito má-fé e uma total falta de vergonha para o reclamar. O país inteiro viu que não houve penalty algum, que o Katsouranis, a menos que fosse decepado, não podia evitar que a bola lhe batesse no braço. O juiz de linha viu mal e marcou penalty, o árbitro viu bem e não o marcou. Sustentar que deveria ter prevalecido a opinião do juiz de linha, mesmo que ela implicasse uma vitória falsa como Judas e com o argumento de que foi assim que o Benfica ganhou na Amadora, deita por terra, sem honra alguma, quaisquer veleidades de se armarem em donos do desportivismo.

Aliás, eu fartei-me de rir, ao ler no sábado e ontem o relato da «histórica reunião» promovida pela Bola entre os presidentes do Benfica e do Sporting. Almoçando antes do jogo, não tiveram dificuldades em entenderem-se na conclusão de que são ambos vítimas das arbitragens, em benefício do «Outro», e irmãos na luta contra o suposto «Sistema» (de que eles controlam tudo: Federação, direcção da Liga, Comissão de Arbitragem e Comissão Disciplinar). Mas — pensei eu com os meus botões — bastaria que houvesse um casosinho ou inventado como tal no jogo do dia seguinte, e lá se ia a harmonia, a irmandade e a luta comum contra as arbitragens e o «Sistema». Dito e feito.

PS: Paulo Bento transformou-se agora no farol dos treinadores sem luz à vista. O problema, Jorge Costa, é que o golo do Guimarães foi mesmo golo e não hoube falta alguma sobre o Madrid. E o problema é que os seus jogadores vêm mostrando, jogo após jogo, que a culpa não é dos árbitros. Você, que tão bem conhece e tão bem interpretou a cultura de vitória do FC Porto, é novo de mais como treinador para se refugiar na cultura do Kalimero.
 
Como é que é? o Cardoso não era aquele que o Orelhas dizia que marcava 25 golos por época???voçês estão bem servidos agora têem 2 nulos,um Gomes e Um Cardoso
 
Qual é o livro que diz que só quando os jogadores protestam é que é penalti?
 
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