7ete Camadas e Meia
domingo, outubro 30, 2005
  Em tempos de crise, é bom pensar...
Um rato, olhando pelo buraco na parede, vê o agricultor e sua esposa a abrir um pacote. Pensou logo no tipo de comida que poderia haver ali. Ao descobrir que era uma ratoeira ficou aterrorizado. Correu ao pátio da quinta advertindo todos: Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira na casa!!! A galinha, disse: Desculpe-me Sr. Rato, eu entendo que isso seja um grande problema para o senhor, mas não me prejudica em nada, não me incomoda.
O rato foi até o porco e lhe disse: Há uma ratoeira na casa, uma ratoeira!!!– Desculpe-me Sr. Rato, disse o porco, mas não há nada que eu possa fazer, a não ser rezar. Fique tranquilo que o senhor será lembrado nas minhas preces.
O rato dirigiu-se então à vaca. Ela lhe disse: O quê Sr. Rato? Uma ratoeira? Por acaso estou em perigo? Acho que não. Então o rato voltou para a casa, cabisbaixo e abatido, para encarar a ratoeira do agricultor.
Naquela noite ouviu-se um barulho, como o de uma ratoeira pegando a sua vítima. A mulher do agricultor acorreu para ver o que havia na ratoeira. No escuro, ela não viu que a ratoeira havia apanhado a cauda de uma cobra venenosa. E a cobra picou a mulher... O agricultor levou-a imediatamente ao hospital. Ela voltou com febre.
Todo a gente sabe que para alimentar alguém com febre, nada melhor que uma canja de galinha. O agricultor pegou na sua faca e foi providenciar o ingrediente principal.
Como a doença da mulher continuava, os amigos e vizinhos vieram visitá-la. Para alimentá-los o agricultor matou o porco. A mulher não melhorou e acabou morrendo. Muita gente veio para o funeral. O agricultor então sacrificou a vaca, para alimentar todo aquele povo.
É bom lembrar que, quando há uma ratoeira na casa, todos correm riscos.

Esta é uma história que achei muito significativa e que não me canso de contar no meu local de trabalho. Queria referir o autor para a chapelada devida mas desconheço-o.
 
segunda-feira, outubro 24, 2005
  CARTA ABERTA AO ENG. SÓCRATES

Esta é a terceira carta que lhe dirijo. As duas primeiras motivadas por um convite que formulou mas não honrou, ficaram descortesmente sem resposta. A forma escolhida para a presente é obviamente retórica e assenta NUM DIREITO QUE O SENHOR AINDA NÃO ELIMINOU: o de manifestar publicamente indignação perante a mentira e as opções injustas e erradas da governação.
Por acção e omissão, o Senhor deu uma boa achega à ideia, que ultimamente ganhou forma na sociedade portuguesa, segundo a qual os funcionários públicos seriam os responsáveis primeiros pelo descalabro das contas do Estado e pelos malefícios da nossa economia. Sendo a administração pública a própria imagem do Estado junto do cidadão comum, é quase masoquista o seu comportamento.
Desminta, se puder, o que passo a afirmar: 1.º Do Statics in Focus n.º 41/2004, produzido pelo departamento oficial de estatísticas da União Europeia, retira-se que a despesa portuguesa com os salários e benefícios sociais dos funcionários públicos é inferior à mesma despesa média dos restantes países da Zona Euro.
2.º Outra publicação da Comissão Europeia, L´Emploi en Europe 2003, permite comparar a percentagem dos empregados do Estado em relação à totalidade dos empregados de cada país da Europa dos 12. E o que vemos? Que em média nessa Europa 25,6 por cento dos empregados são empregados do Estado, enquanto em Portugal essa percentagem é de apenas 18 por cento. Ou seja, a mais baixa dos 12 países, com excepção da Espanha. As ricas Dinamarca e Suécia têm quase o dobro, respectivamente 32 e 32,6 por cento. Se fosse directa a relação entre o peso da administração pública e o défice, como estaria o défice destes dois países?
3º. Um dos slogans mais usados é do peso das despesas da saúde. A insuspeita OCDE diz que na Europa dos 15 o gasto médio por habitante é de 1458. Em Portugal esse gasto é … 758. Todos os restantes países, com excepção da Grécia, gastam mais que nós. A França 2730, a Áustria 2139, a Irlanda 1688, a Finlândia 1539, a Dinamarca 1799, etc.
Com o anterior não pretendo dizer que a administração pública é um poço de virtudes. Não é. Presta serviços que não justificam o dinheiro que consome. Particularmente na saúde, na educação e na justiça. É um santuário de burocracia, de ineficiência e de ineficácia. Mas infelizmente os mesmos paradigmas são transferíveis para o sector privado. Donde a questão não reside no maniqueísmo em que o Senhor e o seu ministro das Finanças caíram, lançando um perigoso anátema sobre o funcionalismo público. A questão reside em corrigir o que está mal, seja público, seja privado. A questão reside em fazer escolhas acertadas. O Senhor optou pelas piores. De entre muitas razões que o espaço não permite, deixe-me que lhe aponte duas: 1.º Sobre o sistema de reformas dos funcionários públicos têm-se dito barbaridades. Como é sabido, a taxa social sobre os salários cifra-se em 34,75 por cento (11 por cento pagos pelo trabalhador, 23,75 por cento pagos pelo patrão).

OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS PAGAM OS SEUS 11 POR CENTO.
Mas O SEU PATRÃO ESTADO NÃO ENTREGA MENSALMENTE À CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES, COMO LHE COMPETIA E EXIGE AOS DEMAIS EMPREGADORES, os seus 23,75 por cento.
E é assim que as "transferências" orçamentais assumem perante a opinião pública não esclarecida o odioso de serem formas de sugar os dinheiros públicos. Por outro lado, todos os funcionários públicos que entraram ao serviço em Setembro de 1993 já verão a sua reforma ser calculada segundo os critérios aplicados aos restantes portugueses. Estamos a falar de quase metade dos activos. E o sistema estabilizará nessa base em pouco mais de uma década. Mas o seu pior erro, Senhor Engenheiro, foi ter escolhido para artífice das iniquidades que subjazem à sua política o ministro Campos e Cunha, que não teve pruridos políticos, morais ou éticos por acumular aos seus 7000 Euros de salário, os 8000 de uma reforma conseguida aos 49 anos de idade e com 6 anos de serviço. E com a agravante de a obscena decisão legal que a suporta ter origem numa proposta de um colégio de que o próprio fazia parte. 2.º Quando escolheu aumentar os impostos, viu o défice e ignorou a economia. Foi ao arrepio do que se passa na Europa. A Finlândia dos seus encantos, baixou-os em 4 pontos percentuais, a Suécia em 3,3 e a Alemanha em 3,2.

· Por que não optou por cobrar os 3,2 mil milhões de Euros que as empresas privadas devem à Segurança Social?
· Por que não pôs em prática um plano para fazer a execução das dívidas fiscais pendentes nos tribunais Tributários e que somam 20 mil milhões de Euros?
· Por que não actuou do lado dos benefícios fiscais que em 2004 significaram 1000 milhões de Euro.
. Por que não modificou o quadro legal que permite aos bancos, que duplicaram lucros em época recessiva, pagar apenas 13 por cento de impostos?
· Por que não renovou a famigerada Reserva Fiscal de Investimento que permitiu à PT não pagar impostos pelos prejuízos que teve no Brasil, o que, por junto, representará cerca de 6500 milhões de Euros de receita perdida?

A Verdade e a Coragem foram atributos que Vossa Excelência invocou para se diferenciar dos seus opositores.QUANDO SUBIU OS IMPOSTOS, QUE PERANTE MILHÕES DE PORTUGUESES GARANTIU QUE NÃO SUBIRIA, FICÁMOS TODOS ESCLARECIDOS SOBRE A SUA VERDADE. QUANDO ELEGEU OS DESEMPREGADOS, OS REFORMADOS E OS FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS COMO PRINCIPAIS INSTRUMENTOS DE COMBATE AO DÉFICE, PERCEBEMOS DE QUE TEOR É A SUA CORAGEM.
Santana Castilho (Professor Ensino Superior) Jornal "PÚBLICO" 06.06.2005

Foto de JS Monzani

 
  E agora algo completamente diferente...

Uma contribuição de Salafrário

Morreu o Sexo. Meu Deus. Nunca pensei dizer isto na minha idade. Honestamente esperava que durasse ainda alguns anos. Mas morreu. Hoje. E logo hoje que tinha sonhado tantas coisas com ele. Para ele. Por ele. Nada há mais angustiante do que ver algo que nos é querido partir. E quando é algo de que necessitamos tanto. Nem sabem. Imaginam talvez. Viram a cara cheios de horror.
Quando estava mal com a vida lá vinha o Sexo. E eu acalmava. Quando andava mais nervoso por algo que poderia correr mal, chegava a casa e o Sexo acalmava-me. Nunca me cansava do Sexo. A minha mulher até dizia que era demais. Que devia deixar descansar o Sexo.
Ai Sexo, Sexo, meu cachorro de muitas brincadeiras. O que nós gozávamos com o nome. E este deixava toda a gente boquiaberta quando o ouviam pela primeira vez. Depois as pessoas começaram a habituar-se ao Sexo e já ninguém brincava com ele. E ele ressentia-se. O que é perfeitamente normal. Agora que venham queixar-se que o Sexo já não brincará com eles.
Desprezaram-no durante tanto tempo e só agora que morreu é que se vão lembrar com saudade. E vão suspirar e lamentar-se do que perderam ao não brincar com o Sexo enquanto podiam. É bem feita!
 
domingo, outubro 23, 2005
  É circular, é circular...
É ou deveria ser considerado um crime circular nas nossas estradas. Quem pusesse um pé dentro de um carro, mesmo que fosse para ouvir o relato da bola, deveria ser posto em prisão preventiva e desinfestado de toda a bicharia possível e imaginária. Quem ousasse circular numa estrada, por mais secundária que fosse, deveria ser imediatamente posto sobre o cuidado de sodomizadores profissionais ou do Bruno Alves do FCP, o que chegasse primeiro.
Quem suspirasse sequer pela hipótese de uma ida ao Algarve ou à mercearia a 100 metros à frente dentro de um bicho metálico com 4 ou 2 rodas deveria ser internado num hospital psiquiátrico e submetido a uma lobotomia ou um encontro com o nefando Castelo Branco. Pensando melhor, a lobotomia é menos traumatizante.
Mas porque tanto marra este 7 e meia com quem circula? E o problema é mesmo esse. Hoje toda a gente circula. Não para ir do ponto a ao ponto b. Mas para circular. E como toda a gente sabe, ou deveria saber, circular é ir a lado nenhum, é andar aos círculos. Quando a polícia no meio de um acidente manda “faxavor, é circular, é circular!” apetece logo sair do carro e dar umas “circuladas”, ou então mandar uns piões e mandar com gases de escape no fácies do dito agente. (um aparte: e um outro agente da GNR que indicava a um condutor a tentar estacionar: “Avance para trás, mais um bocadinho, avance para trás!”)
E depois toda a gente se queixa. Se fosse proibido circular é que este país andava para a frente.
Foto de Koto Bolofo
 
domingo, outubro 16, 2005
  Auto-golos com dedicatória




FC Porto 0 - 2 Benfica

(0-1) 56' Nuno Gomes

(0-2) 63' Nuno Gomes

 
quarta-feira, outubro 12, 2005
  VotoBlog
Já esta disponível o novo VotoBlog. Imbuído do espírito democrático é minha intenção contribuir para um melhor começo do trabalho do novo Alcaide de Bruçó, com estas possibilidades que aqui apresento a sufrágio.
Quanto à anterior votação, ficou expresso pelos visitantes deste Blog, que a mais capacitada para atender à maior parte da população 7 Camadas e Meia é a Loira Papa-Tudo, seguida de perto por Ele há com cada parvo.

Quem deveria ser o próximo Presidente da Junta de Bruçó?
1. O Toininha 24%
2. O Manelzinho Xuxa-Ovos 8%
3. A Loira Papa-Tudo 33%
4. O Júlio 10%
5. Ele há com cada parvo! 25%

 
terça-feira, outubro 11, 2005
 


O número 1 do artigo 170 do Regulamento Disciplinar da Liga reza o seguinte: "O procedimento disciplinar ou o processo de inquérito iniciam-se por impulso da Comissão Disciplinar ou sob requerimento de interessado." O FCP é interessado sob que posição? Não me digam que comprou o Targino, ou melhor, o Vitória é agora uma sua filial?
Segundo já li por aí, o novo hino do FCP é
"Ó mãe,
aquele moço bateu-me.
Deu-me um pontapé no cu.
E tu,
não fazes nada,
que raio de mãe és tu!"
 
segunda-feira, outubro 10, 2005
  Resultados Eleitorais para a Assembleia de Freguesia de Bruçó






P. Socialista - Votos: 133 - Mandatos: 4

P. Social Democrata - Votos: 100 - Mandatos: 3

P. Comunista Português - Votos: 4 - Mandatos: 0

Eleitos

Miguel Rito, Noémia Correia, Manuel Graça, Luís Tibério; João Geraldes, Manuel Rente, Humberto Carvalho;

 
sábado, outubro 01, 2005
  Manifesto da Candidatura a Bruçó pelo PSD

Lista de Candidatos à Assembleia de Freguesia

João Manuel Afonso Geraldes
Manuel Armando Rente
Humberto Carlos Carvalho
Adérito Fernando Pereira
Ivete da Conceição de Sá
Américo do Nascimento Marcos
Faustino Herculano Vicente
Arnaldo Messias Vicente
Amândio José Amaro
Adérito do Nascimento Gonçalves


Programa:
 
Porque somos mito e realidade. Sabemos contar estórias e patranhas. E discutimos, insultamos e aprovamos. Vamos, estamos todos à espera na Calçada.

ARQUIVOS
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